“As misericórdias do
SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não
têm fim.” (Lm 3. 22)
O profeta Jeremias em
suas Lamentações no capítulo 3 refere-se com tristeza a agonia que viveu nos
dias que se abateu sobre ele ao ver o povo hebreu sendo levados cativos pelos
Assírios e que cominaria com 70 anos de cativeiro babilônico, fruto dos pecados do povo, e do
abandono dos mandamentos divino, e do seguir a idolatria e costume dos povos
pagãos de seus dias.
Na descrição do profeta
(Lm 3), Deus havia erguido a vara para fustigar como furou aquele povo, a ponto
de fazer-lhes envelhecer a pele e despedaçar os ossos, os prendeu com grilhões
de bronze, e os conduzir a lugares tenebrosos só comparados aos sepulcros onde
são depositados os mortos e de lá os mesmos não tem condições de retornar,
naquele momento o povo judeu era como um urso que havia de cair em uma emboscada
preparada por um leão faminto ponto para devorar a sua presa, o Senhor Deus
tomou um arco e fez de Israel alvo, e fez com que todas as flechas possíveis de
aflição e angústia traspassassem o coração daquele povo. E sendo aquele povo, o
povo de Deus, agora por suas transgressões servia de chacota entre os seus
opressores.
Na segunda parte deste
texto que parece até contradizer a tudo quanto até aqui foi escrito (Lm 3. 22),
porém o fato do profeta registrar tais palavras e encontrar um remanescente
para lê-las demonstra que nem todos os filhos de Israel haviam sido consumidos
pelo terror daqueles dias. A existência deste remanescente devia-se as grandes
misericórdias de Deus para com eles, que mesmo em sua ira (Lm 2. 1-4), manteve
a sua fidelidade e aliança feita com os patriarcas, dando livramento e escape a
descendência de Abraão, os versículos seguinte do contexto vai nos mostrar que
o Senhor será solícito para com este remanescente providenciando-lhes o escape
e o resgate do meio de seus opressores, dando-lhes um retorno seguro a terra
das habitações de seus pais, bem como trazendo juízo sobre os opressores do
povo de Deus.
Portanto assim como foi
com o povo de Deus nos dias do cativeiro babilônico que só escaparam pela
infinita misericórdia de Deus. Nós só escaparemos se atentarmos para a salvação
que há em Cristo Jesus, como aconteceu com o povo ninivita nos dias do Profeta
Jonas, que pelo arrependimento, jejum, e renuncia obtiveram o perdão de suas transgressões
e a revogação de sua sentença de morte. Como nos exorta o escritor aos hebreus “Como escaparemos nós, se não atentarmos
para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor,
foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;” (Hb 2. 3). Agora, pois,
sejamos fiéis ao Senhor e vamos aguardar nas misericórdias divinas, a nossa
salvação e redenção por Cristo Jesus. Amém!!
Referências bibliográficas:
Soares, Esequias. Os Doze Profetas Menores. Lições
Bíblicas, 4º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.
2012.
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD.
Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Vencendo as Aflições da Vida.
Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 51. CPAD. Rio de
Janeiro. 2012.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central Gospel Ltda.
Rio de Janeiro. 2010.
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