sábado, 10 de novembro de 2012

(Lc 15. 28-30) - A “JUSTIÇA” DO IRMÃO DO FILHO PRÓDIGO


“Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.” (Lc. 15. 28-30)

Lucas o único evangelho escrito por um discípulo que não esteve pessoalmente com Cristo, o autor deste livro que leva o seu nome, era médico e altamente instruído (Cl 4. 14), aprendeu em suas pesquisas tudo sobre o Mestre da Galileia, seu ministério terreno e dividiu suas maravilhosas e poderosas descobertas conosco, nos seus escritos no Evangelho de Lucas, o autor tem como objetivo apresentar a: Jesus como o Servo por intermédio do qual Deus se manifestaria ao homem (Lc 4. 16-18), Jesus o Filho de Deus (Lc 9. 35), Jesus o Messias prometido (Lc 1. 31-35). Logo fazendo um paralelo entre o ministério de Cristo e do Profeta Jonas, vamos encontrar em Jonas um tipo de Cristo, pois assim como Jonas foi enviado a Nínive, vamos encontrar na descrição de Lucas, Cristo sendo enviado aos homens para lhes restaurar a Deus.
Dento desta visão destacamos a parábola do filho pródigo, onde Jesus se dirige aos fariseus e escribas ensinando-lhe mais uma lição sobre misericórdia e justiça divina. Quando os tais Lhe censuravam por estar, sentado à mesa e acolher os publicanos e pecadores, a parábola do filho pródigo pode ser dividida em duas partes a primeira fala da misericórdia de Deus para com os pecadores (Lc 15. 11-24), onde o Cristo mostra as atitude de rebeldia, transgressão, e até desrespeito para com o Pai e sua família por parte de filho mais novo, que ajuntando tudo retirou-se da casa do Pai e em terras estranhas desperdiçou tudo quanto receberá de seu Pai, porém ao sentir-se desamparado, humilhado e escravo, refletiu os seus pecado e arrependido volta-se para o seu Pai, que sem fazer resalvas, mas com infinita misericórdia recebe aquele seu filho, dando-lhes de volta todas as prerrogativas de filho, renovando a aliança quebrada, e dando um banquete em razão do retorno de seu filho querido o convívio familiar.
Na segunda para encontramos uma lição de justiça divina (Lc 15. 25-32), diferentemente da justiça praticada pelo irmão mais velho e até pelos fariseus ali presentes, que por ele, aquele seu irmão deveria morrer na sarjeta pagado assim por seus pecados e por ter desperdiçado os bens da família em coisas vans (Lc 15. 30), uma vez que este ficou indignado e até se recusou a entrar em casa para comemorar o retorno do seu irmão mais novo, e tudo que queria era a vingança, a justiça sem misericórdia, a aplicação da pena sem se importar com a recuperação do apenado, era a execração pública sem dar oportunidade a restauração e reinserção no convívio familiar, mas a justiça divina é sublime e distinta de tudo isto, o Pai  ao ver um maltrapilho ao longe no caminho o reconheceu como seu filho a quem tanto amava, correu abraçou o e beijou, não se importou com a sua condição rota e malcheirosa do filho, mias o conduziu de volta ao lar, restaurando-lhe a condição de herdeiro e devolvendo-lhe as bênçãos de filho deixadas para traz quando sua partida, como o próprio Pai falou, este meu filho esta perdido e foi achado, estava morto e reviveu (Lc. 15. 32).
Portanto, Cristo nos deu exemplo da aplicação a justiça divina, além de mostrar como devemos nos portar diante desta aplicação, agindo com misericórdia e amor para como aqueles que transgrediram, erraram o caminho, mais que reconhecendo os seus pecados arrependidos voltam-se para o Senhor, Deus lhes perdoa as transgressões e os restitui como filhos, e nós que estamos sempre sobre as benção infinitas do Pai devemos nos alegrar e nos banquetear pela restauração e mais um dos nossos irmãos, que como nós é filho do mesmo Pai. Amém!!

Referências bibliográficas:

Soares, Esequias. Os Doze Profetas Menores. Lições Bíblicas, 4º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Vencendo as Aflições da Vida. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 51. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010. 
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.

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