“Ele, porém, foi ao deserto,
caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a
morte, e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor
do que meus pais. E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; e eis que então um
anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. E olhou, e eis que à sua cabeceira
estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e
tornou a deitar-se.” (1 Rs 19. 4-6)
O profeta Elias estava muito desapontado e deprimido com o resultado dos
últimos acontecimentos, pois, após o Senhor Deus ter realizado grandes feitos
por sua mão, isto não havia se refletido em arrependimento nem para os filhos
de Israel, nem tão pouco para a casa real, ante sim trouxe mais perseguição e
ameaça de morte para o profeta, diante desta constatação Elias, empreende uma
fuga para livra-se das garras de Jezabel, uma vez que ele desejava até a morte,
e segundo a alegação do profeta, ele não era melhor que seus pais, desde que a
morte fosse uma coisa natural e de acordo com os desígnios de Altíssimo.
Quando escutamos que Elias estava deprimido, isto nos causa certo desconforto,
isto porque Elias um homem de Deus, que enfrentou uma ferrenha batalha
espiritual para libertar seus compatriotas da idolatria e apostasia, e desafiou
a 850 profetas de Baal e Azera como agora podia estar fugindo e com medo de uma
mulher, mas este episódio na vida do profeta traz para nós grandes lições:
Aprendemos que mesmo sendo fiéis e estando no posto de ministro de Deus,
estamos sujeitos a não termos todas as respostas desejadas e a não sermos
respondidos por Deus todas as vezes que oramos muitas das vezes o silêncio de
Deus é a melhor resposta para as nossas indagações. Aprendemos ainda que como
um vaso que estamos na mão do oleiro, a qualquer hora durante o nosso processo de modelação o oleiro, Deus,
pode não se agradar da modelagem, desmanchar o vaso, amassar novamente o barro,
refazer o vaso, e mesmo estando pronto, não esqueçamos que ainda temos duas etapas
pela frente a secagem e a queima, durante a secagem muitas vezes até pensamos
que o oleiro nos esqueceu, mais não, é o tempo da secagem, para podermos entrar
no forno, já na última etapa de formação do vaso, o forno onde somos temperados
pelas chamas da tribulação e ai sim um frágil vaso de barro pronto para abrigar
o precioso óleo do Espírito de Deus. E finalmente descobrimos que muitas vezes
somos esmagados como a uva no lagar. Ora como se não esmagamos as uvas teremos
um bom e delicioso vinho? Então o Senhor às vezes nos esmaga em nossas emoções
com a finalidade de produzir um bom vinho com as nossas experiências.
Portanto Deus nos ensina a lidar e administrar as adversidades da vida,
para assim produzir um crente melhor, um servo mais fiel, e um homem mais
compromissado com a sua obra. Amém!!
Referências bibliográficas:
GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º
Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um
Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador
Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
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