“Então deixou ele os bois, e correu
após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te
seguirei. E ele lhe disse: Vai, e volta; pois, que te fiz eu?” (1 Rs 19. 20).
Quando Deus chama uma pessoa especificamente para uma missão, e que esta
se dispõe a obedecer à voz do seu Senhor, ela sempre tem um preço a sem pago
(Mt 16. 24; Lc 9. 23), foi assim com todos os patriarcas e profetas na antiga
aliança, e aconteceu também como os discípulos e apóstolos, e até com o Senhor
Jesus ao deixar a sua glória (Fp 2. 5-8) para vir a este mundo dar a sua vida
em resgate dos perdidos.
Para o profeta Elizeu não foi diferente, quando o profeta Elias o encontrou,
este estava no campo trabalhando, arando a terra como suas juntas de bois (1 Rs
19. 19-21), o profeta recebe a chamada, e logo reconhece que não poderia
acumular as duas funções a de lavrador de terras e profeta de Deus, então ele
pede uma permissão ao homem de Deus, para que
se despedisse de seus pais, e logo após seguiria o profeta Elias, dado a
permissão, o Elizeu também descobre que seus artefatos da roça não lhe tinha
mais serventia, e em um desprendimento total para servir a Deus e a comunidade
de Israel, mata os bois do cultivador, quebra os instrumentos de trabalho com
eles faz um fogo e prepara os bois e comida e distribui com o povo, e agora renunciado
a sua casa, o os seus negócios no campo entrega-se para o servir primeiramente
a Elias, e por conseguinte servir a Deus. Observando o ministério deste profeta
entendemos que os grandes homens de Deus foram aquele que aprenderam a servir,
não somente a Deus mais também ao próximo.
Devemos observar que o Elizeu não abandonou o trabalho na lavora ante da
certeza de sua chamada, nem tampouco o trabalho árduo no lidar com bois e arado
o impediu de ser escolhido por Deus para tão nobre missão, o Senhor Deus não
conta como os desocupados, disto aprendemos que os que almejam serem escolhido
por Deus para sua obra devem continuar em suas atividades laborais cotidianas,
ou mesmo estudado e se preparando para que quando vier à chamada de Deus o
homem esteja pronto para a obra do Senhor, e se a chamada de Deus não vier, e
oficio na obra de Deus ficar apenas no anelo do coração da pessoa, ele esteja
pronto para ser um cidadão, arcando com seus compromissos sociais e familiares,
servindo ao Senhor na sua igreja local sem prejuízo a obra de Deus. Outra lição
que tiramos da vida de Elizeu e seu desprendimento dos bens materiais, pois em
uma ação continuada ele se desfez dos bois dos aparatos de cultivar a terra, e
até do convívio familiar para servi ao Senhor, e quanto que nos dias atuais encontramos
pessoas que, mesmo se dizendo servos de Deus, e seguidores de Cristo têm
atrelado o seu viver aos bem desta vida, como se o evangelho de Cristo um
amuleto para o enriquecimento e para uma vida de luxuria, mais a vida de Eliseu
e dos demais servos de Deus nos aponta na direção oposta, não cremos no Evangelho
da prosperidade e da confissão positiva, pois o Senhor Jesus nos falou. No
mundo tereis aflições. E estar foi à marca na vida daqueles que com fidelidade
serviram ao Senhor Deus. Amém!!
Referências bibliográficas:
GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º
Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um Ministério
de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano
13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São Paulo. 2007.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São Paulo. 2007.
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