“E tomou a capa de Elias, que dele
caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR Deus de Elias? Quando
feriu as águas elas se dividiram de um ao outro lado; e Eliseu passou.” (2 Rs
2. 14)
Elias em seu encontro com Elizeu, quando este foi chamado para integrar o
ministério de Elias como servo do profeta, e que Deus já o havia escolhido como
sucessor do homem de Deus, um dos gestos do profeta Elias foi passar a sua capa
sobre Elizeu (1 Rs 19. 19). Na cultura bíblica, afirmou o comentarista da lição,
o manto, ou a capa é símbolo da autoridade profética (1 Rs 1. 8 cf. Zc 13. 4),
o lançar a capa sobre Elizeu, demonstrava a transferência de autoridade, e a
partir de então Elizeu estava capacitado e investido na condição de sucessor de
Elias, portanto credenciado ao exercício do oficio de profeta.
Porem o titular Elias inda não havia totalmente deixado as suas funções,
então Elizeu nos dar uma lição de humildade, sendo o servo do profeta até que
ele seja trasladado (2 Rs 2. 1, 2). Aquele período serviu de aprendizado para
Elizeu, que teve no seu antecessor um exemplo a ser seguido. Elizeu esteve com
Elias até o ultimo momento antes deste se levado para o céu em um redemoinho,
não sem antes contemplar os últimos milagres realizados pelo profeta, como atravessar
o Jordão depois de Elias ter separado as águas com sua capa, e o próprio Elizeu
pediu ao profeta, uma porção dobrada do espírito de Elias o que entendemos que
lhe foi dispensada por Deus, e como símbolo da passagem desta virtude Elizeu
recebe o manto de Elias, ao ser este tomado por Deus, para não mais ser visto
pelos homens (2 Rs 2 3-13). Elizeu foi para Elias um servo fiel e constante, mostrando
assim que estava disposto a seguir e aprender a fim de receber poder para
exercer o ministério para o qual Deus o havia chamado.
Tão logo Elias foi levado aos céus na presença de seu servo Elizeu, este
recebeu do homem de Deus, o manto o qual Elias deixará cair, deixado para
Elizeu um legado de autoridade e poder, a ponto de Elizeu se encontrar
novamente diante do Rio Jordão e agora sem o seu senhor Elias, necessitando
atravessa-lo, utiliza àquela capa e evoca o Deus de Elias, e as águas do Jordão
se abrem para o profeta Elizeu, o homem de Deus, passar. Pouco o nada adianta o
ministério sem a devida unção de Deus para o seu exercício, e entendemos que
não é o cargo de determina a unção, mas sim a unção divina que define e da
legitimidade ao ministério. O profeta Elizeu na verdade recebeu de Deus
autoridade para exercer o oficio profético, e o seu ministério foi pontuado por
grande e muitos milagres e maravilhas operados por Deus através deste que foi
ungido homem de Deus, confirmando assim toda a autoridade divina de sua
chamada. O que observamos hoje em nossas Igrejas são muitas titulações e pouca
unção de Deus na vida dos titulados. A
paz do Senhor a todos. Amém!!
Referências bibliográficas:
GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º
Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um
Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador
Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica,
bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São
Paulo. 2007.
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