“Não cobiçarás a casa do teu
próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” (Êx.
20. 17)
A recomendação divina através da lei era: Não cobiçaras. Cobiçar significa possuir enorme desejo por. Cobiçar não é
simplesmente admirar, ou apreciar algo a distância, porém e ter uma vontade excessiva,
incontrolável e egoísta de possuir ou se apoderar de um bem de outrem.
Este é um pecado grave, e esta no cerne da queda de Lúcifer,
e por que não dizer na queda do homem, daí o mandamento: Não cobiçaras. Quando Lúcifer ainda habitava nos céus, e tinha a incumbência
de exaltar e glorificar a Deus o seu criador, e pela proximidade com Deus (Ez
28. 13-19), intentou ser igual a Deus e estabelecer o seu trono acima do trono
do Deus Altíssimo (Is 14. 12-15), movido por esta cobiça, ele arregimenta uma
parte dos anjos celestes, que deram apoio àquela investida, que resultou em sua
expulsão da presença de Deus, e sua precipitação na terra, onde o mesmo
estabeleceu o seu reino de trevas. Portanto o resultado deste pecado para Lúcifer
e para aqueles seus seguidores foi desastroso, a ponto destes se tornarem os
principais inimigos da criação de Deus. Precipitados na terra, eles passam a
investir contra a criação de Deus, e em uma manobra sagaz (Gn 3. 1-8), Satanás
desperta no principal representante desta criação, o homem, este sentimento de
cobiça, e o homem deseja ser igual a Deus conhecedor do bem e do mal, daí a
queda foi um passo, pois o homem desobedecendo a seu criador e seguindo as orientações
da serpente, comeu do fruto ao qual Deus havia proibido, caindo em pecado e
sendo afastado da presença do Senhor o seu criador.
Agora temos Israel como o representante do homem no
processo de restauração da humanidade, e dentro dos mandamentos divinos,
integrante da lei de Moisés, encontrou a recomendação. Não cobiçaras. Uma vez que se o homem não tiver a graça divina para
controle de tal sentimento, ele será um eterno escravo do ter e do possuir,
desconhecendo assim a soberania de Deus, tornado-se um inconsequente na busca
por bens materiais, e das coisas vans desta vida. Deus não criou o homem para
cerca-lo de bens materiais, mas o criou para a sua gloria e adoração, logo o
possuir bens aqui na terra também deve estar incluso na adoração a Deus,
portanto se vivemos em meio a abundância devemos reconhecer que de Deus
recebemos todas as dádivas, e se estamos em meio a escassez, Deus nós providenciará
o escape, contanto que tudo seja feito para gloria de Deus. Sendo assim a
cobiça que é pecado, e totalmente incompatível com o viver cristão,o mandamento
bíblico e divino recomenda buscar na graça de Deus o controle de tais sentimentos
e assim alcançarmos a salvação por Cristo Jesus. Amém!!
Referências bibliográficas:
GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º
Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um
Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador
Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica,
bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São
Paulo. 2007.
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