“Tenho estado agora vinte anos na
tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu
rebanho; mas o meu salário tens mudado dez vezes.” (Gn 31. 41)
Jacó havia enganado ao seu irmão Esaú, tomando deste a benção da primogenitura,
é certo que Esaú foi negligente e profano (Hb 12. 16) ao vender o seu direito
de primogenitura, pois aquela benção a ele destinada era algo precioso e
inegociável para qualquer dos filhos naqueles dias, tratava-se de uma benção
concedida pelo pai, o patriarca, ao seu filho primogênito, com a anuência do
Senhor Deus, que garantia ao filho mais velho, o primogênito, suceder o pai no
patriarcado, portanto Esaú seria o patriarca com a morte de seu Pai Isaque,
porém, o seu irmão Jacó sendo mais novo, e tendo comprado o direito de
primogenitura por um prato de comida, passou a Esaú para traz e recebeu a
benção da primogenitura em seu lugar.
No texto em tela temos a Labão o sogro de Jacó, aquele mesmo que enganou
a seu irmão Esaú. Labão agora tentado enganar e passar para traz a Jacó, pois
quando o jovem Jacó chega às terras de Labão e passa a cuidar do rebanho deste,
e se enamora de Raquel sua filha mais nova, e Labão exige que Jacó trabalhe
sete anos sem salário para que possa casar-se com a Raquel, e após sete anos de
trabalho com o rebanho, Jacó se casa não com Raquel mais com Lea, e agora se
Jacó quisesse ter a sua amada nos braços teria que trabalhar por mais sete
anos, uma vez que na terra de Labão a filha mais nova não poderia casar-se
antes da mais velha, e neste caso Jacó trabalha por quatorze anos para casar-se
com as duas filhas de Labão (Gn 29. 15-30), passados estes dias, o velho Labão
começa a assalariar a Jacó, que trabalharia mais seis anos para construir um rebanho
dentro das terras de Labão e neste vinte anos de serviço de Jacó, Labão muda o salário de Jacó por dez vezes, mostrando
assim que o seu coração estava contaminado pela cobiça a ponto de ser injusto
para com o seu servo e genro Jacó, uma vez que mudará o salário deste por dez
vezes com o objetivo de não ver o seu genro prosperar em suas terras, porém o
Senhor Deus em sua soberania mantinha a benção sobre a vida e a fazenda de Jacó
e o fez prosperar e lhe deu todo o rebanho de seu sogro Labão, mesmo após toda
a manobra de Labão para prejudicar a Jacó.
Que possamos banir do nosso viver toda a cobiça e avareza, sendo
contentes com a porção que Deus nós tem destinado para o cotidiano, podendo
afirmar como disse o apóstolo Paulo: Tudo posso naquele que me fortalece (Fl 4.
13). Amém!!
Referências bibliográficas:
GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º
Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um
Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador
Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica,
bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São
Paulo. 2007
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