quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

(Gn 31. 41) A COBIÇA EXEMPLIFICADA.



“Tenho estado agora vinte anos na tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; mas o meu salário tens mudado dez vezes.” (Gn 31. 41)  

Jacó havia enganado ao seu irmão Esaú, tomando deste a benção da primogenitura, é certo que Esaú foi negligente e profano (Hb 12. 16) ao vender o seu direito de primogenitura, pois aquela benção a ele destinada era algo precioso e inegociável para qualquer dos filhos naqueles dias, tratava-se de uma benção concedida pelo pai, o patriarca, ao seu filho primogênito, com a anuência do Senhor Deus, que garantia ao filho mais velho, o primogênito, suceder o pai no patriarcado, portanto Esaú seria o patriarca com a morte de seu Pai Isaque, porém, o seu irmão Jacó sendo mais novo, e tendo comprado o direito de primogenitura por um prato de comida, passou a Esaú para traz e recebeu a benção da primogenitura em seu lugar.
No texto em tela temos a Labão o sogro de Jacó, aquele mesmo que enganou a seu irmão Esaú. Labão agora tentado enganar e passar para traz a Jacó, pois quando o jovem Jacó chega às terras de Labão e passa a cuidar do rebanho deste, e se enamora de Raquel sua filha mais nova, e Labão exige que Jacó trabalhe sete anos sem salário para que possa casar-se com a Raquel, e após sete anos de trabalho com o rebanho, Jacó se casa não com Raquel mais com Lea, e agora se Jacó quisesse ter a sua amada nos braços teria que trabalhar por mais sete anos, uma vez que na terra de Labão a filha mais nova não poderia casar-se antes da mais velha, e neste caso Jacó trabalha por quatorze anos para casar-se com as duas filhas de Labão (Gn 29. 15-30), passados estes dias, o velho Labão começa a assalariar a Jacó, que trabalharia mais seis anos para construir um rebanho dentro das terras de Labão e neste vinte  anos de serviço de Jacó,  Labão muda o salário de Jacó por dez vezes, mostrando assim que o seu coração estava contaminado pela cobiça a ponto de ser injusto para com o seu servo e genro Jacó, uma vez que mudará o salário deste por dez vezes com o objetivo de não ver o seu genro prosperar em suas terras, porém o Senhor Deus em sua soberania mantinha a benção sobre a vida e a fazenda de Jacó e o fez prosperar e lhe deu todo o rebanho de seu sogro Labão, mesmo após toda a manobra de Labão para prejudicar a Jacó.
Que possamos banir do nosso viver toda a cobiça e avareza, sendo contentes com a porção que Deus nós tem destinado para o cotidiano, podendo afirmar como disse o apóstolo Paulo: Tudo posso naquele que me fortalece (Fl 4. 13). Amém!!


Referências bibliográficas:

GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São Paulo. 2007

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