"Não deixes o teu
amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia da tua
adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe." (Pv 27. 10)
O texto em tela exalta a
importância de se preservar a amizade de alguém que nos é próximo e que goza de
nossa confiança, sem duvida alguma um amigo verdadeiro, de quem se desfruta de
uma amizade de longa data é um bem muito precioso, e o sábio Salomão no texto
não tinha a intenção de menosprezar ou desacreditar a ajuda de um irmão de
sangue, porém ele enfatiza o socorro prestado por um amigo de confiança, na Bíblia
vamos encontrar casos assim, exemplos como os de Davi e Jônatas, filho de Saul
(1 Sm 18. 1), os irmão de Davi haviam ficado em Belém na casa de seu pai Jessé,
enquanto que Davi foi levado a Jerusalém ao palácio real, e ali integro-se a
corte do rei Saul, seus irmãos não poderiam agora estarem a lado de Davi,
sentir as suas dores e preocupações, porém com o passar dos dias Davi, por orientação
divina constrói uma amizade longa duradoura e fiel com Jônatas, que lhe serve
de proteção diante das maldades praticadas pelo rei Saul conta o jovem Davi. Outro
bonito exemplo encontramos em Rute e Noemi (Rt 1. 8-18), nora e sogra, que após
a morte do filho que unia as duas, a sogra até sugeriu o afastamento entre
elas, mas a Rute não cedeu aos apelos da sogra, e partiram unidas uma
socorrendo a outra e o que podemos ver desta forte amizade é a benção de Deus
estendida sobre a vida destas duas amigas, que a dor da perda de filho e
marido, fortaleceu ainda mais o bem querer de uma pela outra.
Uma coisa que caracteriza
a diferença entre irmão e amigos, e que não podemos escolher irmãos ou irmãs, porém
um amigo é escolhido espontaneamente e pode por vezes se mostrar mais chegado
do que um parente de sangue, em muitos casos os parentes residem longe, enquanto
que o amigo é aquela pessoa que esta por perto e pode prestar socorro imediato
num momento de necessidade. Agora nem tudo são flores em se tratando de
amizades, é que muitas vezes somos traídos e abandonados por pessoas que nos pareciam
grandes e fiéis amigos, o que também causa uma dor e angústia muito grande,
pois em muitos casos estes amigos é também irmão em Cristo, o que pode também desencadear
um esfriamento espiritual.
Vamos encontrar o apóstolo
Paulo sentindo na pele esta sensação de abandono, quando ele foi a julgamento
em Roma, ele afirma: “Ninguém me assistiu na
minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja
imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse
cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do
leão.” (2 Tm 4.16-17), Mas o apóstolo não murmurou ou deixou se abater
pelas dificuldade que passou, antes nos
deixou, o ensino para vencermos a dor e angústia do abandono de amigos e irmãos,
confiar no Senhor Deus que ele nos assistirá em todos os momento de nossas vida
até mesmo em casos de abandono e desprezo. Porém a Palavra de Deus nos ensina
não devemos abandonar o amigo (Pv 27.10), sejamos pois fiéis, leais e amorosos
para com os nossos irmão e amigos (Pv 17. 17). Amém!!
Referências bibliográficas:
SILVA, Eliezer de Lira e. Vencendo as Aflições da Vida. Lições
Bíblicas, 3º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.
2012.
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD.
Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Vencendo as Aflições da Vida.
Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 51. CPAD. Rio de
Janeiro. 2012.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central Gospel Ltda.
Rio de Janeiro. 2010.
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