“Mas aquele
Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará
todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14. 26)
Os discípulos estavam
para perderem o contato direto e pessoal como Cristo Jesus, pois Jesus haveria
de cumprir a sua missão e retornar a seu Pai, isto causaria neles uma dor muito
grande, não só pela perda do seu Mestre Amado, mas também em função da morte
trágica, pela qual Jesus haveria de passar, o que desencadearia em suas vidas
uma sensação de desamparo e abandono. E Jesus conhecendo estas coisas vai
instruir os seus discípulos a respeito desta separação, e deste afastamento
temporário, afim de, preparar os discípulos para enfrentar aquele momento com o
menor trauma possível.
No capítulo 14 do Evangelho
de João vamos detectar a apreensão dos discípulos ao Jesus falar de sua volta
para o Pai, Tomé lhe interroga: “Senhor,
nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?” (Jo 14. 5), Felipe
lhe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, o
que nos basta.” (Jo 14. 8), Já Judas (não o Iscariotes) lhe interpela: “Senhor, de onde vem que te hás de manifestar
a nós, e não ao mundo?” (Jo 14. 22), pelo que o Senhor Jesus vendo o
desconforto de seus seguidores com a ideia de perder o seu mestre, começa a
falar-lhes confortando-lhes o coração, e mostrado as moradas eternas preparadas
por Deus para os fieis, entre estes os discípulos, dizendo que voltaria a seu
Pai, que tinha preparado as moradas, e que logo retornaria para buscar os seus
para morarem eternamente com Ele, por isso os seus discípulos não necessitariam
ficar com seus corações afligidos, Jesus retonaria para eles.
Jesus também lhes instrui
a respeito do Pai, mostrando que mesmo falando como seu Pai, Ele e o Pai, eram
um, portanto quem estava vendo a Cristo estava também contemplando o Pai.
Vejamos as palavras de Cristo em relação ao Pai: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem
me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu
estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo
de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que
estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.”
(Jo 14. 9-11), Portando Jesus se
apresentava naquela hora, como o Deus com autoridade para solucionar todas as
carências espirituais e efetivas que os discípulos pudessem enfrentar, a partir
da saída de Cristo em direção aos céus.
Além disto, o Mestre
lhes faz uma promessa, das mais surpreendentes para eles até então, Jesus
voltaria, mas eles não ficariam órfãos, isto é abandonados e desamparados à
própria sorte (Jo. 14. 18), mas depois de sua partida o Pai enviara um
consolador em seu nome, o Espírito Santo, logo tratava de uma pessoa
espiritual, que assumiria o lugar deixado por Cristo entre eles, e que teria a
missão de continuar instruindo os discípulos, e ainda faria lembrar todos os
ensinamentos que o mestre já lhes havia transmitido até ali (Jo 14. 26). Ora
diante disto os discípulos não teriam motivos nenhum para ficarem tristes, e afligidos
com o retorno de Cristo a Deus, pois a partir da chegada do Espírito Santo sobre eles, os mesmo estariam em uma nova
vivencia espiritual com uma contato ainda mais sublime com Deus, pois alem de
ter o Espírito Santo morando dentro de seus corações, ainda receberiam um
revestimento de poder do Espírito Santo para vencer as lutas desta vida. Mas
esta promessa não ficou restrita aos discípulos de Jesus na Igreja Primitiva,
ela foi abrangente e universalizada a Igreja do Senhor em todas as épocas (Jl
2. 32; At 2. 17-21, 38, 39), pelo que hoje somos guiados pelo Espírito Santo, e
temos a certeza de que Ele estará conosco até a consumação dos séculos, e que
mesmo o mundo todo venha a se esquecer de nós, e todos venham a nos abandonar,
o Senhor Deus através do seu Santo Espírito estará sempre a nos proteger e
amparar até o dia da volta de Cristo
Jesus. A paz do Senhor. Amém!!
Referências bibliográficas:
SILVA, Eliezer de Lira e. Vencendo as Aflições da Vida. Lições
Bíblicas, 3º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.
2012.
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD.
Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Vencendo as Aflições da Vida.
Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 51. CPAD. Rio de
Janeiro. 2012.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER,
Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central
Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
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