quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Cristo rejeitado




“Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo? Porque sabia que por inveja o haviam entregado. E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele. Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus. E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. O presidente, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado. Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso. E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos. Então soltou-lhes Barrabás, e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.” (Mt 27. 17-26)

Jesus era justo, sem pecado, que operava grandes prodígios e maravilhas no meio do povo judeu, que falava com autoridade a palavra de Deus para transformação da vida do homem, e que ensinava a todos o amor como essência do Evangelho que pregava, então:  Por que aquela multidão enfurecida rejeitará a Cristo, um homem bom e justo, e livraram a Barrabás, um assaltante e criminoso, da morte? Primeiro para que se cumprisse o que dele estava escrito nos profetas; “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” [...] “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.” (Is 53. 2-3, 12) Sendo assim havia a necessidade desta rejeição em cumprimento aquilo que Deus tinha falado sobre o sofrimento do Messias pelos profetas. Em segundo ele foi rejeitado para nos da vida e perdão dos nossos pecados, para que pelo seu sangue fosse pago o resgate das nossas almas como afirmaram os próprios manifestantes, embora não tivessem conscientes disto, “O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.” e esta rejeição pelos judeus também trouxe benefícios a nós os gentios. Vejamos o que nos diz João; “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome;” (Jo 1. 11-12), portanto todos estes fatos culminaram com o sacrifício de Cristo no Calvário o que trouxe a reconciliação do homem com Deus, e salvação a todos quantos crerem em Jesus Cristo como o Salvador dos homens.  A Paz do Senhor a todos.


Referências bibliográficas:
ANDRADE, Claudionor de. As Sete Cartas do Apocalipse. Lições Bíblicas, 2º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968
COELHO, Alexandre. Subsídios para As Sete Cartas do Apocalipse. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 50. CPAD. Rio de Janeiro. 2012

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