"Não temas; Eu sou o
primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para
todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno." (Ap. 1.
17-18)
Jesus ao ascender aos céus retomou a sua gloria junto ao Pai, quando a
segunda pessoa da trindade veio ao mundo ele encarnou de maneira sobrenatural,
assim como também o seu regresso ao Pai foi sobrenatural, após a sua ressurreição
já em corpo incorruptível fez algumas aparições aos discípulos: aos dois no
caminho de Emaus como um viajante, e desapareceu enquanto estavam a mesa, (Lc 24.15,31) se apresentou no meio dos apóstolos
enquanto conversavam. (Lc 24. 36) Com
isto entendemos que Cristo os preparava para a sua saída em definitivo da esfera
terrestre. E para que a transição da covivencia dos seus discípulos com o Cristo
100% Deus e 100% homem, para um Cristo glorificado 100% Deus unicamente
ocorresse de forma gradual e que eles paulatinamente perdessem a necessidade do
contato visual e terreno e passasse a experimentar uma comunhão espiritual e invisível
com o Senhor Jesus que muito em breve seria mediada pelo Espírito Santo a
terceira pessoa da trindade. Sendo assim a ascensão de Cristo pode ser vista
como um evento divisor entre duas fases na vida de Cristo uma que vai da
encarnação até a ressurreição, nesta o vemos como o Cristo da historia humana,
O Deus que recebeu e compartilhou uma natureza humana, vivendo uma vida humana,
porém uma vida sem pecado, mesmo estando sujeito às mesmas paixões e tentações
que um ser humano poderia enfrentar. E uma fase pós-ascensão, onde Ele é o
Cristo da experiência espiritual, glorificado nos céus e entronizado junto ao
Pai, e que mantém contato como o homem por intermediação do Espírito Santo, (Jo 3. 13; Mc 16. 19; At 1. 9) agora
temos o Cristo exaltado que subiu isto é, entrando de volta na presença do Pai
por vontade própria e por direto seu. (Jo
20. 17) E foi elevado nas alturas entende-se por uma ação do Pai para exaltá-lo
como á um filho querido que retorna a
casa paterna depois de Lhe ter sido obediente até a morte e morte de
cruz (Fl 2. 8), e é com base em sua ascensão
e exaltação que entendemos a expressão do próprio Cristo após a sua ressurreição:
“É-me dado todo o poder no céu e na terra.”
(Mt 28.18) e ainda os textos
de (Ef 1. 20-23; 1Pe 3.22; Fl 2. 9-11; Ap
5. 12). Portanto irmãos, Cristo ao ser glorificado retomou a sua gloria e
majestade da qual havia se esvaziado e tomado forma humana, voltou a ser o
Soberano e Juiz que tem autoridade sobre todas as criaturas e domínio sobre
todo o universo, (1Co 11. 3; Cl 2. 10),
agora atua nos céus como intercessor e advogado dos humanos junto ao Pai, (Rm 8. 33,34) num sacerdócio eterno pois
a sua intercessão é permanente pala Igreja e por todos aqueles que o buscam
para a vida eterna. Foi esta a visão que João teve de Cristo na Ilha de Patmos
e que descreveu no Apocalipse o Cristo em gloria, majestade e poder, Senhor e
Juiz de toda a terra. O Cristo ressuscitado e glorificado seja com todo o povo
de Deus para todo o sempre. Amém!
Referências bibliográficas:
ANDRADE, Claudionor de. As Sete Cartas do Apocalipse. Lições
Bíblicas, 2º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.
2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968
COELHO, Alexandre. Subsídios para As Sete Cartas do Apocalipse.
Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 50. CPAD. Rio de
Janeiro. 2012.
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