O amor é fruto do Espírito

"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." (Gl 5. 22)

O amor como fruto do Espírito é o amor produzido no interior do ser humano por intervenção do Espírito Santo, é algo puro, belo e sacrifical, vamos apresentar razões para considerá-lo assim, isto fala de um amor que não leva em conta o interesse próprio ou escuso, mais que visa exclusivamente o bem estar e suprimento das necessidades do próximo. 

Na parábola do bom samaritano Jesus nos dá uma ideia desta pureza, o mestre descreve um samaritano que ao ver um homem jogado e ferido na “sarjeta” devido a um assalto, não reparou na identidade do ferido nem na sua condição social ou política, apenas se compadeceu dele e fez o que estava ao seu alcance para salvar a vida daquele que agonizava a beira do caminho, untou-lhe as feridas,  o conduziu até uma estalagem no seu cavalo, o deixou ali para que fosse cuidado, pego pela estadia dele, e ainda se comprometeu com o cuidador de voltar e arcar com toda a despesa do tratamento daquele desconhecido, desde que ele fosse completamente restaurado do ataque que sofrerá, isto sem esperar nenhum reconhecimento ou restituição, podemos então afirmar que só a pureza do amor de Deus derramado na vida do homem pode produzir e explicar tal comportamento. (Lc 10. 25-37) Temos alguns exemplo bíblicos de dedicação ao outro que só se pode ser explicados pela atuação do perfeito amor.  Moisés que recusou ser chamado neto do Faraó a sofrer e ser atribulado junto ao seu povo: “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.” (Hb 11. 24-26), foi também este amor que impulsionou a Paulo a investir na pregação do evangelho entre os gentios e a empreender viagens e sofrer para plantar igrejas entre eles, o que proporcionou um grande crescimento da Igreja de Cristo e que alcançou a todos nós: “Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa. Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna. Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos;” (2 Tm 2. 9-11) como coroamento deste amor  temos o amor sacrifical de Cristo pela humanidade: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (Jo 3. 16-17). O amor aqui abordado só é concebido através da operação do Espírito Santo na vida do homem daí a expressão amor fruto do Espírito e que foi muito bem referenciado por Paulo em (1 Co 13). A paz e o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo seja sobre todo o povo de Deus hoje e sempre. Amém!

Referências bibliográficas:

ANDRADE, Claudionor de. As Sete Cartas do Apocalipse. Lições Bíblicas, 2º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.

PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968

COELHO, Alexandre. Subsídios para As Sete Cartas do Apocalipse. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 50. CPAD. Rio de Janeiro. 2012