“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas
dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e
oprimido.” (Is 53. 4)
A pergunta chave aqui é: Por que um homem teve que dar a sua vida para
salvar a vida de outros? A morte de Jesus como o Cordeiro de Deus é entendida
como expiação pelo pecado do homem. Expiação esta que até então era feita com
sangue de bodes e carneiros e novilhos de acordo com o pacto estabelecido por
Deus na antiga aliança através de Moisés, sacrifícios este que apenas encobria
os pecados cometidos e que apontava para um sacrifício maior e definitivo de
Cristo na cruz como expiação definitiva pelos pecados dos homens. A expiação é
conseqüência de dois fatores a santidade de Deus e a pecaminosidade do homem. A
ira de Deus se manifestou contra a pecaminosidade do homem como uma reação da
Santidade de Deus, e a única solução para o homem escapar da ira de Deus é a
expiação dos pecados através do sacrifício de Cristo. Logo a morte de Cristo
foi uma morte expiatória, pois tinha como objetivo quitar a divida contraída
pelo homem quando pecou conta a Santidade de Deus; “De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a
fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou,
para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está
ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Assim também Cristo,
oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hb 9. 26-28) ver ainda (Hb 2. 17; 10. 12-14; 9.14). Expiar
o pecado significa retirar o pecado da vida do pecador removendo em definitivo
de perto dele e considerando o transgressor justificado de todo mal que
praticará e purificado de toda imundícia do pecado e santificado isto é
separado do mundo para integrar o povo de Deus. Vejamos o que escreveu o Prof. Myer Pearlman: “Pela morte expiatória
de Cristo os pecadores são purificados do pecado e logo feitos participantes da
natureza de Cristo. Eles morreram ao pecado a fim de viver para Cristo.” Vejamos
ainda o que escreveu o Pr. Alexandre Coelho:
“Para levar a cabo o plano da Salvação, Jesus foi humilhado até o momento de
sua morte. Apresentar o Evangelho, com sua necessidade de arrependimento, busca
pelo perdão divino e mudança de vida para se ter acesso a reino de Deus foi uma
parte da missão de Jesus. Era preciso também morrer pelos pecadores, para que
eles tivessem acesso a Deus, por meio de um sacrifício perfeito. Paulo descreve
que este momento foi o ápice de sua humilhação: “e, achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2.
8). Reforçamos que a morte de Jesus foi humilhante pois morreu entre
mal-feitores.” ( Revista Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 50. Pg. 37). Portanto
Deus ele próprio por amor ao homem que criará e que lhe foi desobediente dando
ouvidos à voz de Satanás, entregou a seu próprio filho para satisfação da
Justiça Divina e expiação do pecado do homem. Sejamos, pois gratos ao Senhor
por tão grande salvação que nos foi outorgada pelo sacrifício de Cristo no
calvário. Graça e Paz do Senhor Jesus seja com todos.
Referências bibliográficas:
ANDRADE, Claudionor de. As Sete Cartas do Apocalipse. Lições
Bíblicas, 2º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.
2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968
COELHO, Alexandre. Subsídios para As Sete Cartas do Apocalipse.
Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 50. CPAD. Rio de
Janeiro. 2012
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