quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Cristo ferido de Deus


“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.” (Is 53. 4)

A pergunta chave aqui é: Por que um homem teve que dar a sua vida para salvar a vida de outros? A morte de Jesus como o Cordeiro de Deus é entendida como expiação pelo pecado do homem. Expiação esta que até então era feita com sangue de bodes e carneiros e novilhos de acordo com o pacto estabelecido por Deus na antiga aliança através de Moisés, sacrifícios este que apenas encobria os pecados cometidos e que apontava para um sacrifício maior e definitivo de Cristo na cruz como expiação definitiva pelos pecados dos homens. A expiação é conseqüência de dois fatores a santidade de Deus e a pecaminosidade do homem. A ira de Deus se manifestou contra a pecaminosidade do homem como uma reação da Santidade de Deus, e a única solução para o homem escapar da ira de Deus é a expiação dos pecados através do sacrifício de Cristo. Logo a morte de Cristo foi uma morte expiatória, pois tinha como objetivo quitar a divida contraída pelo homem quando pecou conta a Santidade de Deus; “De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hb 9. 26-28) ver ainda (Hb 2. 17; 10. 12-14; 9.14). Expiar o pecado significa retirar o pecado da vida do pecador removendo em definitivo de perto dele e considerando o transgressor justificado de todo mal que praticará e purificado de toda imundícia do pecado e santificado isto é separado do mundo para integrar o povo de Deus. Vejamos o que escreveu o Prof. Myer Pearlman: “Pela morte expiatória de Cristo os pecadores são purificados do pecado e logo feitos participantes da natureza de Cristo. Eles morreram ao pecado a fim de viver para Cristo.” Vejamos ainda o que escreveu o Pr. Alexandre Coelho: “Para levar a cabo o plano da Salvação, Jesus foi humilhado até o momento de sua morte. Apresentar o Evangelho, com sua necessidade de arrependimento, busca pelo perdão divino e mudança de vida para se ter acesso a reino de Deus foi uma parte da missão de Jesus. Era preciso também morrer pelos pecadores, para que eles tivessem acesso a Deus, por meio de um sacrifício perfeito. Paulo descreve que este momento foi o ápice de sua humilhação: “e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2. 8). Reforçamos que a morte de Jesus foi humilhante pois morreu entre mal-feitores.” ( Revista Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 50. Pg. 37). Portanto Deus ele próprio por amor ao homem que criará e que lhe foi desobediente dando ouvidos à voz de Satanás, entregou a seu próprio filho para satisfação da Justiça Divina e expiação do pecado do homem. Sejamos, pois gratos ao Senhor por tão grande salvação que nos foi outorgada pelo sacrifício de Cristo no calvário. Graça e Paz do Senhor Jesus seja com todos.

Referências bibliográficas:
ANDRADE, Claudionor de. As Sete Cartas do Apocalipse. Lições Bíblicas, 2º Trim. 2012. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968
COELHO, Alexandre. Subsídios para As Sete Cartas do Apocalipse. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 50. CPAD. Rio de Janeiro. 2012

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