“E disse um: Serve-te de ires com
os teus servos. E disse: Eu irei.” (2 Rs 6. 3)
As escolas de profetas tiveram inicio de acordo com o relato bíblico nos
dias do profeta Samuel, quanto este ainda era juiz e governante sobre Israel,
logo o profeta Samuel tinha uma tríplice função entre os filhos de Israel, ele
era o Profeta, o Sacerdote, o Juiz, como profeta ele revelava ao povo os
oráculos sagrados, como sacerdote era responsável por representar a Deus entre
eles, e liderar o culto divino, e como juiz tinha a obrigação de governar e conduzir
os destinos políticos do povo de Deus. O oficio de Juiz, foi retirado de Samuel
pela escolha de Saul para ser o primeiro rei em Israel, por uma solicitação do
povo e concordância divina, o que veio a retirar de sobre Samuel parte da carga
que lhes era imposta, no servir a Deus e a seu povo, dentro de sua atividade
como profeta ele tinha a incumbência de liderar pelo menos uma escola
(congregação) de profetas como encontramos em (1 Sm 19.20), daí entendemos que
as escola de profetas já eram uma realidade
no dias de Samuel (1 Sm 10. 5, 10) com a sua função de orientar na
formação intelectual e cultural e social daquele que seriam chamados e
capacitados por Deus para exercerem o ministério profético.
Estas escolas se consolidam no período da monarquia em Israel, mais precisamente
nos dias dos profetas Elias e Eliseu e tinha por função instruir e encorajar os
alunos, (discípulos dos profetas), a fim de que eles buscassem uma melhor compreensão
da Palavra de Deus, as Escolas de Profetas funcionavam como uma faculdade que
formava pessoas e os capacitava dentro de uma perspectiva sócio cultural para o
exercício do ministério profético, as escolas de profetas não ensinava as
pessoas a profetizarem, assim como as Escolas de Teologia da atualidade não
forma pastores, uma vez que tanto o dom profético, e o dom ministerial de
pastor, são dádivas divinas dispensadas aos homens, com a intervenção do Espírito
Santo como o objetivo de aperfeiçoamento do santos, (os crentes em Cristo
Jesus), e edificação do corpo de Cristo, (a igreja do Senhor Jesus), conforme
(Ef 4. 10-13).
Após os relatos do Antigo Testamento, podemos observar que a educação
pelo ensino da palavra de Deus sempre foi uma constante entre o povo de Israel,
vamos encontrar a Jesus sempre rodeado e uma multidão disposta a ouvir e
aprender com o Mestre dos mestres, Cristo sempre reunia o seus discípulos, com
especialidade os doze apóstolos para lhes ensinar as verdades do evangelho
pregado do Jesus, o apóstolo Paulo em seu ministério de plantador de Igrejas
entre os gentios tinha como padrão o reunir os crentes em grandes assembleias e
ali lhes ministrava a palavra de Deus, só em Éfeso, o apóstolo dos gentios
ensinou por dois anos em uma escola, (At 19. 9-11) dado oportunidade a todos os
habitantes da Ásia Menor ouvir a palavra de Deus.
Portanto o estudo da palavra de Deus em uma escola estruturada e com um
método de ensino elaborado e cientificamente organizado, como é o caso das
Escolas de Teologia da atualidade, tem a sua função e papel relevantes com base
nas Escrituras Sagradas no crescimento e aperfeiçoamento do povo de Deus para
difusão e solidificação do reino de Deus entre os homens. Amém!!
Referências bibliográficas:
GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º
Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um
Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador
Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica,
bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São
Paulo. 2007.
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