terça-feira, 19 de março de 2013

(2 Rs 6. 3) EDUCAÇÃO E FUNÇÃO


“E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.” (2 Rs 6. 3)

As escolas de profetas tiveram inicio de acordo com o relato bíblico nos dias do profeta Samuel, quanto este ainda era juiz e governante sobre Israel, logo o profeta Samuel tinha uma tríplice função entre os filhos de Israel, ele era o Profeta, o Sacerdote, o Juiz, como profeta ele revelava ao povo os oráculos sagrados, como sacerdote era responsável por representar a Deus entre eles, e liderar o culto divino, e como juiz tinha a obrigação de governar e conduzir os destinos políticos do povo de Deus. O oficio de Juiz, foi retirado de Samuel pela escolha de Saul para ser o primeiro rei em Israel, por uma solicitação do povo e concordância divina, o que veio a retirar de sobre Samuel parte da carga que lhes era imposta, no servir a Deus e a seu povo, dentro de sua atividade como profeta ele tinha a incumbência de liderar pelo menos uma escola (congregação) de profetas como encontramos em (1 Sm 19.20), daí entendemos que as escola de profetas já eram uma realidade  no dias de Samuel (1 Sm 10. 5, 10) com a sua função de orientar na formação intelectual e cultural e social daquele que seriam chamados e capacitados por Deus para exercerem o ministério profético.
Estas escolas se consolidam no período da monarquia em Israel, mais precisamente nos dias dos profetas Elias e Eliseu e tinha por função instruir e encorajar os alunos, (discípulos dos profetas), a fim de que eles buscassem uma melhor compreensão da Palavra de Deus, as Escolas de Profetas funcionavam como uma faculdade que formava pessoas e os capacitava dentro de uma perspectiva sócio cultural para o exercício do ministério profético, as escolas de profetas não ensinava as pessoas a profetizarem, assim como as Escolas de Teologia da atualidade não forma pastores, uma vez que tanto o dom profético, e o dom ministerial de pastor, são dádivas divinas dispensadas aos homens, com a intervenção do Espírito Santo como o objetivo de aperfeiçoamento do santos, (os crentes em Cristo Jesus), e edificação do corpo de Cristo, (a igreja do Senhor Jesus), conforme (Ef 4. 10-13).
Após os relatos do Antigo Testamento, podemos observar que a educação pelo ensino da palavra de Deus sempre foi uma constante entre o povo de Israel, vamos encontrar a Jesus sempre rodeado e uma multidão disposta a ouvir e aprender com o Mestre dos mestres, Cristo sempre reunia o seus discípulos, com especialidade os doze apóstolos para lhes ensinar as verdades do evangelho pregado do Jesus, o apóstolo Paulo em seu ministério de plantador de Igrejas entre os gentios tinha como padrão o reunir os crentes em grandes assembleias e ali lhes ministrava a palavra de Deus, só em Éfeso, o apóstolo dos gentios ensinou por dois anos em uma escola, (At 19. 9-11) dado oportunidade a todos os habitantes da Ásia Menor ouvir a palavra de Deus.
Portanto o estudo da palavra de Deus em uma escola estruturada e com um método de ensino elaborado e cientificamente organizado, como é o caso das Escolas de Teologia da atualidade, tem a sua função e papel relevantes com base nas Escrituras Sagradas no crescimento e aperfeiçoamento do povo de Deus para difusão e solidificação do reino de Deus entre os homens. Amém!!

Referências bibliográficas:

GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São Paulo. 2007.

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