quarta-feira, 13 de março de 2013

(2 Rs 6. 6) O MACHADO FLUTUANTE

“E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro.” (2 Rs 6. 6)

Eliseu pela descrição sagrada habitava com alguns profetas e suas famílias, ou pelo menos a sua casa era bem frequentada por outros profetas adoradores do Deus Altíssimo e por seus filhos, vejamos a descrição do autor no capitulo quatro: “E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu;” (2 Rs 4. 1), uma referencia que denota a proximidade de Eliseu com um grupo de outros profeta, temos ainda neste mesmo capitulo a seguinte expressão: “E, voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra, e os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença; e disse ao seu servo: Põe a panela grande ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.” (2 Rs 4. 38), neste texto temos os filhos dos profetas sentados a mesa com Eliseu o servo do profeta providenciando um caldo para lhes saciar a fome, porquanto podemos afirmar que o profeta Eliseu era um homem dedicado ao seu povo, e que a sua casa em Gilgal estava sempre repleta de pessoas que desfrutavam do convívio do homem de Deus e aprendia com ele o conhecer os desígnios do Senhor Deus.
No entanto a casa em que habitavam era estreita e já não comportava as costumeiras reuniões de profetas e seus filhos com o profeta Eliseu, pelo que, por sugestão deles, os filhos dos profetas, decidiram ir até o Jordão, e das arvores que ladeavam as margens do rio tomarem vigas e assim construírem uma casa maior para abrigar o profeta e os filhos dos profetas, ora cremos que naqueles dias eram dias de cheia no Jordão e as águas haviam tomado conta daqueles bosques, pelo que Eliseu concordando com o projeto foi com eles ao Jordão, e ali ao derrubarem aquelas arvores um dos machados cauí na água. E agora como encontrar aquela ferramenta? Ora o machado com que o moço que cortava, havia sido tomado emprestado. Os artefatos de ferro naqueles dias tinha um valor elevado, portanto o moço e o profeta não tinham como restituir a ferramenta ao seu proprietário, a menos que houvesse uma intervenção sobrenatural e que fizesse o moço resgatar o machado do fundo das águas. Mas como fazer flutuar o machado?
Foi então que o moço recorre ao homem de Deus, e este conforme a orientação divina procura saber o local onde o moço extraviou o machado, corta um pau e o coloca ali no local onde caiu a ferramenta e pelo poder de Deus o machado flutua (2 Rs 6. 1-7), e o moço recolhe a ferramenta para devolução ao seu legítimo proprietário.
Pela descrição, entendemos que sempre devemos elaborar os nossos projetos dento da orientação divina, seguindo os conselhos daqueles a quem Deus confiou à liderança, e mesmo que tenhamos que tomar uma ferramenta emprestada, sejamos sabedores de que o Senhor Deus é maior de que qualquer de nossas dificuldades ou demandas. Amém!!

Referências bibliográficas:

GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São Paulo. 2007.

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