sexta-feira, 8 de março de 2013

(Mc 1. 40-42) O SOFRIMENTO HUMANO



“E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo. E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.” (Mc 1. 40-42)

O sofrimento pelo qual passava um leproso na época em que Jesus esteve pregando na Judeia era algo desumano uma vez que as pessoas acometidas de tal enfermidade, que naqueles dias era incurável e um mal de fácil transmissão e contaminação de outras pessoas, eram execradas do convívio social e familiar (Lv 14. 44-46), passando a viver só e fora dos muros das cidades.
Já na lei de Moisés, Deus querendo o bem estar da comunidade e a preservação de boa saúde dos filhos de Israel, define nos capítulos 13 e 14 de Levítico leis acerca desta doença, que neste caso não estava restrita apenas a hanseníase, mas também toda espécie de doenças de pele, desde que houvesse qualquer erupção ou escamação na pele do paciente, este era submetido a uma avaliação por parte do sacerdote, que mediante o estado em que se apresentasse a pele do indivíduo, o sacerdote o declarava imundo, ou o punha de quarentena por sete dias, e depois por mais sete, até que ele pudesse fazer um diagnostico mais preciso e indicar se a pessoa estava de fato acometida de lepra, que neste caso seria declarado imundo, passado a viver afastado do convívio social, e caso contrario será declarado limpo. E seguindo este processo até coisas inanimadas tais como: roupas e casas poderiam ser diagnosticadas com lepra. Este era o tratamento dado a tais doentes na época de Jesus, e que se perpetuou ao longo da historia da humanidade, vindo a apresentar vestígios de tais segregações até a bem pouco tempo atrás e até nas civilizações do mundo ocidental.
Então entendendo que a benção de Deus sempre se estende sobre as necessidades humanas, foi assim com aquela viúva que estava para perder os seus filhos nos dias do profeta Elizeu, e que teve um pouco de azeite que possuía em uma botija, multiplicado, a ponto de poder pagar a sua dívida e viver como o excedente daquele milagre. Já para este leproso, ele conhecia o poder regenerador de Cristo Jesus em lhe restaurar a saúde e liberta-lo do sofrimento e constrangimento pelo qual passava, tanto o é que ao encontrar com o Mestre, o leproso faz a seguinte afirmação: “Se queres, bem podes limpar-me.” (Mc 1. 40) Pelo que o Senhor entendeu a sua necessidade e movido de íntima compaixão, estende a mão e repreende a enfermidade daquele homem, que agora de posse de tão grande benção não pode esconder a sua alegria e bem estar, e mesmo sobre a recomendação de Jesus que não divulgasse o milagre, o homem passa a falar de Cristo e do milagre que lhe acontecerá, e Jesus agora passa a não mais pregar em locais públicos das cidades naqueles dias, mas permanecia fora delas em lugares desertos, porem as multidões o procurava e vinha de todas as parte para ouvi-lo e ver os milagre operados por Ele.
Deus tem compromisso em atender o ser humano em suas necessidades especialmente quanto à salvação de sua alma, portanto deu o seu filho Jesus para restauração de todo aquele que crer. Amem!!


Referências bibliográficas:

GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro.  2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro. 1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento. Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010. 
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida Nova. São Paulo. 2007.

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