“E aproximou-se dele um leproso
que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem
podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e
tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo. E, tendo ele dito isto, logo a lepra
desapareceu, e ficou limpo.” (Mc 1. 40-42)
O sofrimento pelo qual passava um leproso na época em que Jesus esteve
pregando na Judeia era algo desumano uma vez que as pessoas acometidas de tal
enfermidade, que naqueles dias era incurável e um mal de fácil transmissão e
contaminação de outras pessoas, eram execradas do convívio social e familiar
(Lv 14. 44-46), passando a viver só e fora dos muros das cidades.
Já na lei de Moisés, Deus querendo o bem estar da comunidade e a
preservação de boa saúde dos filhos de Israel, define nos capítulos 13 e 14 de Levítico
leis acerca desta doença, que neste caso não estava restrita apenas a hanseníase,
mas também toda espécie de doenças de pele, desde que houvesse qualquer erupção
ou escamação na pele do paciente, este era submetido a uma avaliação por parte
do sacerdote, que mediante o estado em que se apresentasse a pele do indivíduo,
o sacerdote o declarava imundo, ou o punha de quarentena por sete dias, e
depois por mais sete, até que ele pudesse fazer um diagnostico mais preciso e
indicar se a pessoa estava de fato acometida de lepra, que neste caso seria
declarado imundo, passado a viver afastado do convívio social, e caso contrario
será declarado limpo. E seguindo este processo até coisas inanimadas tais como:
roupas e casas poderiam ser diagnosticadas com lepra. Este era o tratamento
dado a tais doentes na época de Jesus, e que se perpetuou ao longo da historia
da humanidade, vindo a apresentar vestígios de tais segregações até a bem pouco
tempo atrás e até nas civilizações do mundo ocidental.
Então entendendo que a benção de Deus sempre se estende sobre as
necessidades humanas, foi assim com aquela viúva que estava para perder os seus
filhos nos dias do profeta Elizeu, e que teve um pouco de azeite que possuía em
uma botija, multiplicado, a ponto de poder pagar a sua dívida e viver como o
excedente daquele milagre. Já para este leproso, ele conhecia o poder
regenerador de Cristo Jesus em lhe restaurar a saúde e liberta-lo do sofrimento
e constrangimento pelo qual passava, tanto o é que ao encontrar com o Mestre, o
leproso faz a seguinte afirmação: “Se
queres, bem podes limpar-me.” (Mc 1. 40) Pelo que o Senhor entendeu a sua
necessidade e movido de íntima compaixão, estende a mão e repreende a
enfermidade daquele homem, que agora de posse de tão grande benção não pode
esconder a sua alegria e bem estar, e mesmo sobre a recomendação de Jesus que
não divulgasse o milagre, o homem passa a falar de Cristo e do milagre que lhe
acontecerá, e Jesus agora passa a não mais pregar em locais públicos das
cidades naqueles dias, mas permanecia fora delas em lugares desertos, porem as multidões
o procurava e vinha de todas as parte para ouvi-lo e ver os milagre operados
por Ele.
Deus tem compromisso em atender o ser humano em suas necessidades
especialmente quanto à salvação de sua alma, portanto deu o seu filho Jesus
para restauração de todo aquele que crer. Amem!!
Referências bibliográficas:
GONÇALVES, José. Elias e Eliseu. Lições Bíblicas, 1º
Trim. 2013. CPAD. Rio de Janeiro. 2012.
PEARLMAN, Myer; Tradução de OLSON, N. Laurence. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Emprevan Editora. Rio de Janeiro.
1968.
COELHO, Alexandre. Subsídios para Elias e Elizeu – Um
Ministério de Poder para toda a Igreja. Artigo publicado em Ensinador
Cristão. Ano 13 – nº 53. CPAD. Rio de Janeiro. 2013.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento.
Editora Central Gospel Ltda. Rio de Janeiro. 2010.
FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática: Uma análise
histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. Editora Vida
Nova. São Paulo. 2007.
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