Texto Áureo
“Resta, irmão meus, que vos
regozijeis no Senhor” (Fp 3. 1a)
Verdade Prática
Para quem ama a Deus o
mais importante é ter um coração renovado pela ação do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
Estudaremos
nesta lição:
- A alegria no Senhor é a força motora que nos faz transpor as dificuldades e aflições deste tempo presente, nos garantindo felicidade, paz e quietude na alma.
- As advertências de Paulo contra os inimigos de nossa fé em Cristo, os quais com suas falsas doutrinas querem persuadir os fiéis a se afastarem da sã doutrina.
- A verdadeira circuncisão cristã, um ato espiritual, realizado pelo Espírito Santo, pela fé em Cristo Jesus que remove a nossa velha natureza e nos concede uma nova, em um processo interior, no coração do homem.
I – A ALEGRIA DO SENHOR
1.
Regozijo espiritual
- Paulo parece iniciar a conclusão de sua carta aos filipenses, mas tem algo importante a dizer aqueles crentes.
- “Resta, irmãos meus” ou ainda “Finalmente, irmãos meus”;
- “Regozijeis no Senhor”, a alegria do Senhor é a força que nos faz superar toda e qualquer adversidade (Ne 8. 10).
2.
Exortação ao regozijo
- A alegria do Senhor é produzida pelo Espírito Santo no interior do crente;
- Alegria que independe das circunstâncias, é divina, e fortalece o crente frente às dificuldades;
- Capacita e fortalece a igreja a suportar as adversidades;
- Para Paulo um consolo divino na prisão, que produzia descanso e quietude para a sua alma.
3.
Alegria em meio às preocupações e aflição
- Pelos sofrimentos que passavam, Paulo percebia que os filipenses poderiam ser tomados pelo desanimo;
- Paulo os exortou a alegrarem-se em Deus, pois a alegria do Senhor nos fortalece (Ne 8. 10);
- Só seremos capazes de nos regozijarmos nas dificuldades, quando conhecemos a Deus e confiamos plenamente no Senhor e na Sua palavra;
- À exemplo de Paulo e Silas quando presos em Filipos (At 16. 24, 25);
- No Senhor Deus podemos sempre confiar, Regozijemo-nos sempre Nele (1 Ts 5. 16).
II – A TRÍPLICE ADVERTÊNCIA CONTRA OS INIMIGOS (Fp 3. 2-4)
1.
“Guardai-vos dos cães”
- A intransigência de Paulo para com os maus obreiros;
- Os tais causavam muitos males à igreja, principalmente aos novos crentes;
- Os judaizantes acreditavam e ensinavam que os gentios deviam cumprir todo o rito judaico para serem salvos.
- Um fardo pesado e legalista que nem eles próprios podiam carregar (Gl 2. 14);
- Paulo os trata por “cães” que tentavam devorar a fé deles na sua ausência.
- Paulo os rechaça com veemência, e aconselha os filipenses a se resguardarem deles.
2.
Guardai-vos dos maus obreiros.
- Espalhavam falsos ensinos, e não preservavam a sã doutrina dos apóstolos;
- Pregavam um falso evangelho, contaminado com os ritos judaicos (Gl 1. 8, 9);
- Afirmavam que os gentios só seriam cristãos se seguissem a lei de Moisés e as tradições do Judaísmo;
- Porém o concilio de Jerusalém já havia discutido e deliberado sobre tais questões (At 15. 1-20).
- Faziam questão de discordar dos ensinos de Paulo, e impor à igreja gentia as práticas judaicas.
3.
“Guardai-vos da circuncisão”.
- Os maus obreiros queriam impor aos filipenses a prática da “circuncisão”;
- Para eles a “circuncisão” tornava os gentios verdadeiramente cristãos;
- Paulo ensina à verdadeira “circuncisão é aquela operada no coração, não da carne, mas sim vinda do Espírito Santo”;
- Não a uma marca física no corpo apenas, mas uma marca no homem interior, um sinal de Cristo e de sua obra redentora, impressa pelo Espírito Santo.
III – A VERDADEIRA CIRCUNCISÃO CRISTÃ (Fp 3. 3).
1.
A circuncisão no Antigo Testamento.
- Circuncisão, um rito religioso, de caráter moral e espiritual, sinal físico na qual indicava que a pessoas pertenciam ao povo com o qual Deus tinha selado um pacto; (Gn 17. 1-14; 23-27)
- Era também um sinal de obediência a Deus (Gn 17. 11; At 7. 8);
- Os seguidores de Cristo não necessitam mais deste sinal para serem identificados como servos Dele;
- A circuncisão do cristão é operada pelo Espírito Santo num procedimento interior e espiritual;
- Uma intervenção realizada no coração, mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 4. 9-11).
2.
A verdadeira circuncisão não deixa marcas físicas.
- A circuncisão em Cristo não é realizada por mãos humanas “no despojo do corpo da carne” (Cl 2. 11, 12);
- Mas um ato realizado por Cristo que remove a velha natureza, carnal e corrompida, e nos concede uma nova vida espiritual e redimida (2 Co 5. 17-21);
- É uma circuncisão no coração ( Rm 2. 17-29);
3.
A verdadeira circuncisão não confia na carne (Fp 3. 3-7).
- Os judaizantes confiavam mais na carne a na circuncisão, do que em Cristo;
- Paulo apresenta suas credenciais de Judeu e seguidor da lei, e do judaísmo (Fp 3 5-7);
- Porém enfatiza que ao encontra-se com Cristo, renunciou a tudo aquilo para servir e confiar apenas em Jesus Cristo o seu salvador e redentor (Fp 3. 7-10);
- Nenhum rito religioso é capaz de salvar o homem, mas a fé em Cristo e a Sua graça são suficientes para salvar o perdido (Ef 2. 5-10; Rm 3. 20-26).
CONCLUSÃO
O confiar em Cristo nos garante alegria para
enfrentar as aflições da vida, e a nossa felicidade tem base sólida na fé em
Deus e não navega ao sabor dos ventos das circunstâncias desta vida: temos uma
esperança! Paulo mostrou a importância dos rituais da lei para os judeus, mas
nos ensina que a garantia da nossa salvação é a fé em Cristo Jesus, e o que
deve mover o crente é o seu relacionamento com o Cristo ressuscitado.
LIÇÃO 7 – 3 Trim. 2013 – A ATUALIDADE DOS CONSELHOS PAULINOS.
Estudaremos a partir de hoje o capítulo 3 da carta
aos filipense, e vamos descobrir que o apóstolo continua com a sua preocupação
pela intromissão dos falsos obreiros no meio da igreja dos filipenses, estes se
aproveitavam da ausência do apóstolo que estava preso em Roma para disseminar
seus falsos ensinos, tentando persuadir aqueles crente à se afastarem da fé em
Cristo Jesus, que receberam pela pregação de Paulo, a prática de outro evangelho,
e este misturado com as crenças e ritos do judaísmo, pelo que Paulo exorta a
resistirem estes maus obreiros, e mesmo que eles venham a enfrentar adversidade
e lutas, que eles mantivesse a alegria e o fervor no Senhor (Fp 3. 1), pois a
alegria do Senhor é a nossa força conforme (Ne 8. 10).
O apóstolo parece iniciar a conclusão de sua carta
aos crentes em Filipos “Resta” tem sentido conclusivo, “finalmente”, “sendo
assim” ou “algo restante” , mas havia ainda algo importante que Paulo desejava
ministrar aquela igreja, havia algo importante e necessário a ser dito dentro
daquele escrito a Igreja do Senhor que estava em Filipos, e o apóstolo começa a
discorrer sobre a alegria no Senhor “que vos regozijeis no Senhor”, uma vez que
ele entendia que a alegria no Senhor não poderia de maneira nenhuma se afastar
do meio daqueles crentes, sob pena deles sucumbirem pela adversidade e afiliações
que haviam de enfrentar, porém fortalecido pela alegria que vem de Deus, “... a
alegria do Senhor é a vossa força.” (Ne 8. 10) produzida pelo Espírito Santo no
coração daqueles crentes, haveriam de enfrentar todas as adversidades. Para o apóstolo
que se encontrava prisioneiro, esta alegria era um consolo, que produzia em seu
interior e se refletia em suas atitudes e palavras, paz e quietude em sua alma,
com autoridade para exortar os crentes de Filipos a se regozijarem no Senhor mesmo
diante das lutas e dificuldades, tal como aconteceu com eles na própria cidade
de Filipos (At 16. 24,25). Em Deus somos exortados a confiar e no regozijarmos
sempre (I Ts 5. 16).
Depois de exortar os filipenses a manter a sua
alegria no Senhor, Paulo vai insistir com aqueles crentes quanto ao cuidado
como os falsos obreiros, e suas falsas doutrinas, não que ele não estivesse consciente
de que os filipenses estavam se portando bem diante destes maus obreiros, porém
Paulo entedia que os ataques destes eram violentos e avassaladores e que podia
destruir a fé de alguns daqueles crentes. Não temos em toda a carta, nenhum
indício de que algum crente tenha cedido aos falsos ensinos ou mesmo tenham
aderido ao mau procedimento destes obreiros, mas que existia entre os cristãos
de Filipos, pregadores e irmãos oriundos da comunidade judaica “os judaizantes”
que infiltrados na igreja de Filipos ensinavam que: para os gentios se tornarem
cristãos verdadeiramente, era necessário que estes seguissem a lei mosaica, e o
pior, que abraçasse sem restrição todas as tradições judaicas. Paulo trata estes
judaizantes como “cães” e “maus obreiros”, cães porque atacavam a sã doutrina
pregada pelos apóstolos, com o objetivo de desqualificar a autoridade de Paulo
perante aqueles irmãos, impondo sobre eles um fardo de legalismo, aqui
tipificado pela circuncisão, fardo este tão pesado que eles próprios não podia
carregar, estes eram judeus que se diziam convertidos ao cristianismo, porém
tentavam lançar na mente dos gentios convertido a Cristo, o circuncidar-se,
como parâmetro de vida para a fé cristã, e as tradições judaicas como uma
necessidade àqueles que professavam a Cristo como salvador. Nesta preocupação o
apostolo vai enfatizar por três vezes “Guardai-vos” seguido das expressões “dos
cães”, “dos maus obreiros” e “da circuncisão, numa nítida preocupação de Paulo
com a segurança e o bem estar espiritual dos seus filhos na fé, os crentes de
Filipos. Ora, a circuncisão como prática a ser observada como regra de fé para
os crentes gentios já havia sido discutida e deliberado por um concílio na Igreja
de Jerusalém, é o chamado concílio de Jerusalém, de Atos 15, e ali os apóstolos
reunidos depois de ouvirem os argumentos dos judaizantes de Jerusalém, que
queriam impor a circuncisão como atestado de fé e conversão ao cristianismo aos
gentios convertidos a Cristo, no que Tiago como representante dos apóstolos no
concilio tomou a seguinte posição: “Por isso julgo que não se deve
perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus Mas escrever-lhes
que se abstenham das contaminações dos ídolos, da fornicação, do que é sufocado
e do sangue.” (At. 15. 19, 20), posição
acatada e deliberada pelos demais representantes de igreja, como conduta a ser
seguida pelos gentios novos convertidos, numa declaração nítida e suficiente de
que a salvação é pala fé em Cristo Jesus independentemente das obra que possa
ser praticada pelo homem. Os maus obreiros, porém, insistiam em disseminar tais
ensinos entre o crente de Filipos, contrariando o ensinado por Paulo e tentando
impor aos crentes gentios entre os filipenses as práticas e os costumes do judaísmos,
em uma afronta direta ao ensino apostólico e ao evangelho da graça do Senhor
Jesus Cristo.
Ao
deparamos com os ensinos de Paulo aos filipenses a com a sua teologia impressa
em suas cartas as igreja na Ásia Menor e na Macedónia, nos vem à reflexão. Qual
a verdadeira circuncisão cristã? No Antigo Testamento vamos buscar o mandamento
que instituía este procedimento cirúrgico entre o povo de Deus, Israel, a circuncisão
era um rito religioso, de caráter moral e espiritual praticado a partir de
Abrão de seus descendentes, que se constituía em cortar a pele que cobria o prepúcio
(órgão sexual masculino) como sinal de obediência a Deus, estava destinado a
todos da comunidade judaica e era um sinal físico de que a pessoa pertencia ao
povo com o qual Deus havia selado um pacto (Gn 17. 1-27), tal procedimento era
um tratado entre Deus e os filhos de Israel, a descendência de Abraão, porém os
convertidos ao cristianismo entre os gentios, os seguidores de Cristo, a este
não estavam imposta a circuncisão no “despojo do corpo da carne” (Cl 2. 11,
12), mais sim, uma circuncisão interior espiritual operada pelo Espírito Santo
mediante a fé em Jesus Cristo no coração daqueles que o aceita como salvador e
redentor de sua vida (Rm 4. 9-11), um ato espiritual que consiste da remoção da
velha natureza debilitada e corrompida pelos pecado, e a implantação e uma nova
natureza agora espiritual e redimida no sangue de Cristo vertido no calvário (2
Co 5. 17), uma circuncisão no coração (Rm 2. 29). Diante do exposto entendemos
que a salvação é uma obra da graça de Deus, através da fé em Jesus Cristo, (Ef 2. 5-10; Rm 3. 20-26) e Paulo reafirma tal
ideia ao apresentar suas credenciais de Judeu e praticante da lei e da religião
judaica como o fervoroso discípulo, mas que ao encontra-se com o Senhor Jesus
na estrada de Damasco e conhecer o seu Salvador, aquelas práticas que ele próprio
as considerava com um grande ganho para a salvação, haviam de tornado no coisas
desprezíveis (esterco) diante da transformação efetuada pelo Espirito Santo em
sua vida (Fp 3. 7-10). Agora sim entendemos e podemos afirmar que: A salvação é
somente pela fé que há em Cristo Jesus e que nenhum rito religioso, e ou obras
de caridade que o homem possa fazer, lhe garante a salvação e o pagamento de
seus pecados, e a vida eterna.
O confiar em Cristo nos garante alegria para enfrentar as aflições da
vida, e a nossa felicidade tem base sólida na fé em Deus e não navega ao sabor
dos ventos das circunstâncias desta vida: temos uma esperança! Paulo mostrou a importância
dos rituais da lei para os judeus, mas nos ensina que a garantia da nossa
salvação é a fé em Cristo Jesus, e o que deve mover o crente é o seu
relacionamento com o Cristo ressuscitado.
LIÇÃO 7 – 3 Trim. 2013 – A ATUALIDADE DOS CONSELHOS PAULINOS -
EXERCÍCIOS
Nome:
Assinale
verdadeiro ou falso:
1
Paulo mesmo diante das adversidades exorta os crentes de Filipos a se alegrarem
no Senhor.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
2 A alegria do Senhor
não é produzida pelo Espírito Santo no coração do crente.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
3 Paulo não tratou os
maus obreiros e judaizantes infiltrados na igreja dos filipenses por “cães”.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
4 Os judaizante queriam impor
aos gentios convertidos ao cristianismo na igreja de Filipos, a observância a
lei de Moisés e das tradições judaicas.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
5 A circuncisão do
cristão é espiritual e interior, operada pelo Espírito Santo, no coração do
homem, mediante a fé em Jesus Cristo.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Responda:
6 De acordo com a lição
escreva uma breve reflexão em 10 linhas sobre a verdadeira circuncisão cristã.
7 Conforme Atos 15 o que
o concílio de Jerusalém havia deliberado com relação a leis judaica a ser
seguido pelos gentios convertido ao cristianismo?
Acesse:
www.ebdalunosemestres.blogspot.com
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