LIÇÃO 7 – 2 Trim. 2013 – O DIVÓRCIO
Texto Áureo
“Eu vos digo,
porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação,
e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também
comete adultério.” (Mt 19. 9)
Verdade Prática
O divórcio, embora
admissível em caso de infidelidade, sempre traz sérias consequências à família.
Por isto Deus o odeia.
Introdução
Estudaremos
nesta lição:
- O que prescrevia a Lei de Moisés no AT, sobre o divórcio, e o que era a carta de divórcio expedida pelos maridos nos dias da lei conforme (Dt 24).
- O que ensinou, e em que circunstâncias Jesus falou sobre divórcio, em que caso Mestre abriu uma exceção para tal procedimento. Cristo permitiu aos divorciados contraírem novas núpcias?
- Os ensinos de Paulo sobre o divorcio, especialmente os que ele recomendou aos casais crentes, e aos casais que vivem um casamento misto.
- Veremos que não podemos fazer uma generalização dos casos, mas precisamos tratar cada caso de divorcio de modo pessoal e distinto sempre em conformidade com a Palavra de Deus, tendo a visão de que a Igreja é uma “comunidade terapêutica”.
I – O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO.
1.
A lei de Moisés e o divórcio (Dt 24. 1-4).
- A prática era comum em Israel, e a lei veio com o propósito de regulamentar a situação e evitar abusos e preservar a família;
- A lei não era um incentivo ao divorcio, porém era uma base legal que regulava o casamento com uma mulher divorciada;
- O divorcio era e é um ato extremo, comparado a uma amputação (Ml 2. 16);
- Casamento é um pacto de Amor, inclusive com Deus, não pode ser quebrado, sobretudo por motivos fúteis e torpes e ou banais.
2.
A carta de divorcio.
- Na lei era o documento que libertava os cônjuges (as mulheres) do compromisso matrimonial dando a condição de contraírem novas núpcias;
- Porém a repudiada que casar-se com outro marido, não poderia voltar para o seu primeiro marido, mesmo que o segundo viesse a falecer (Dt 24. 4);
- Apenas o homem podia pedir o divorcio;
- A lei dispunha de vários mecanismos para torna-lo mais humano. (Dt 24).
II – O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO
1.
A pergunta dos fariseus.
- A filosofia da escola do rabino Hilel (que defendia o direito do homem dar carta de divórcio à mulher “por qualquer motivo”);
- A escola de Shammai (a carta de divórcio só podia ser dada em caso de fornicação e ou de infidelidade conjugal);
- O questionamento dos fariseus: “É lícito ao homem repudiar a mulher por qualquer motivo?” (Mt 19. 3);
- Jesus relembra o princípio estabelecido por Deus para o casamento (Gn 2. 24; Mt 19. 4, 5);
- E dar o veredito: “Portanto o que Deus ajuntou não separe o homem (Mt 19. 6);
- Essa é a regra, que reflete o plano de Deus para o casamento, considerando-o como uma união indissolúvel.
2.
O ensino de Jesus.
- A insistência dos fariseus: “Então porque mandou Moisés dar-lhe carta de divorcio e repudiá-la?” (Mt 19. 7);
- Deus entendendo o sofrimento delas, pela dureza de coração deles, tornou com a carta de divórcio o trato deste assunto mais digno e menos penoso a elas;
- Uma mulher repudiada ficaria exposta a miséria ou a prostituição para sobreviver;
- Com a carta de divórcio ela poderia contrair novas núpcias, e viver dignamente;
- Jesus só permitiu o divórcio em caso de infidelidade conjugal (Mt 19. 9);
- Essa foi à única condição que Jesus entendeu como suficiente para o divórcio.
3.
Permissão para novo casamento.
- Jesus permite o divórcio com a possibilidade de novas núpcias, somente por parte do cônjuge fiel, vitima de prostituição ou infidelidade conjugal;
- Porque novo casamento? Do contrario o servo fiel seria lesado duas vezes:
- Uma pelo Diabo ao destruir o seu casamento, e outra pela comunidade locar que condenaria uma vitima a viver pelo resto da vida com o infiel, ou sob o jugo do celibato;
- Para Deus a separação não é regra, e sim exceção, só admitida em virtude de relações sexuais ilícitas, uma vez que estas desfazem o pacto matrimonial;
- Todavia em Jesus é possível o crente perdoar, o infiel se redimir e ambos restaurar o casamento.
III – ENSINO DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO.
1.
Aos casais crentes.
- Casais crentes não devem se separem por motivos banais, ou fúteis, e se decidirem assim que fiquem sem casar, ou que haja o perdão e a reconciliação (1 Co 7. 10,11)
- Em casos de desentendimentos e incompatibilidade de gênios e etc., o divorcio não é a saída;
- Mas o perdão sincero e a reconciliação, como forma de preservação da família;
- Ou o celibato por opção e não por imposição eclesiástica.
- Estes só devem divorciar-se em caso de um dos motivos prescritos na palavra de Deus (Mt 19.9; 1 Co 7. 15);
2.
Quando um dos cônjuges não é crente
- Se o descrente concorda viver dignamente com o crente não se separe (1 Co 7 12-14);
- O crente agindo assim pode até ganhar o cônjuge descrente para Jesus (1 Pe 3. 1);
- Além de ser um modo de preservação família o bem maior dentro da sociedade.
3.
O cônjuge fiel não está sujeito à servidão.
- Se o descrente decide por se divorciar do crente, este tem o direito de concordar com o divórcio e reconstruir a sua vida (1 Co 7. 15, 16);
- Esta reconstrução deve ser de acordo com a vontade de Deus (1 Co 7. 27, 28, 39).
- O cristão fiel não é obrigado a viver até a morte sob a servidão de um ímpio;
- Entretanto, aguarde a tempo de Deus na sua vida.
CONCLUSÃO
O divórcio causa sérios inconvenientes à igreja
local, às famílias e à sociedade e pelo principio divino tal prática é
condenável. Daí a necessidade de tratarmos cada caso de modo pessoal e distinto
sempre observando pela Palavra de Deus, uma vez que não podemos fugir do que
recomenda e prescreve a Bíblia Sagrada, entendendo assim que a Igreja local
também é uma “comunidade terapêutica”.
EXERCÍCIOS - LIÇÃO 7 – 2 Trim. 2013 – O DIVÓRCIO.
Nome:
Assinale
verdadeiro ou falso:
1 Conforme (Mt 19. 9) Jesus permitiu o divórcio
por qualquer motivo, assim como estava definido na lei de Moisés.
(
) Verdadeiro ( ) Falso
2 Conforme o que prescrevia a Lei de
Moisés, a mulher poderia solicitar o divórcio, e mesmo depois de divorciada e
casada com outro, poderia abandonar o novo marido e retornar ao conviver com o
seu primeiro marido.
(
) Verdadeiro ( ) Falso
3 Casamento é um pacto de amor,
inclusive com Deus, não pode ser quebrado, sobretudo por motivos por fúteis e
torpe.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
4 Segundo o que podemos inferir dos
ensinos de Jesus, Moisés mandou na lei repudiar a mulher e dar carta de
divórcio, em função da dureza dos corações dos homens, que abandonavam as suas
esposas, empurrando-as para a miséria ou a prostituição como meio de sobrevivência.
(
) Verdadeiro ( ) Falso
5 Paulo ensina que casais crentes não
podem se divorciar, se por desentendimento ou incompatibilidade de gênios
chegarem a uma separação a solução é o perdão e a reconciliação , ou então que optem
pelo celibato (fiquem sem casar-se).
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Responda:
6 Quais as duas exceções para o
divórcio segundo a Bíblia, tratados na lição de hoje?.
7 Faça um comentário em 5 (cinco)
linhas sobre a Lei do Divórcio, prescrita por Moisés em (Dt 24. 1-4).
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