sábado, 7 de junho de 2014

O Ministério de Mestre ou Doutor



O Ministério de Mestre ou Doutor

Ir. Isaias Soares de Oliveira
Sec. Geral EBD AD/CG

Texto Áureo

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada [...] se é ensinar que haja dedicação ao ensino” (Rm 12. 6,  7)

Verdade Prática

Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo

Recapitulando

O Apóstolo: Coloca o fundamento, a base, o alicerce no inicio da edificação.

O Profeta: Aplicam sobrenaturalmente a doutrina dos apóstolos, que nada mais é que a doutrina de Cristo.

Evangelistas: Traz para o edifício novas pedras vivas, os pescadores de homens, são os ganhadores de almas para Cristo.

Pastores: Cuidam destas pedras vivas, e as organizam nesta edificação com o objetivo de estas também ganharem novas pedras vivas.

Mestres e Doutores: Dar o acabamento nesta edificação, aprumando, rejuntando, limpando e modelando estas pedras vivas pelo ensino da palavra de Deus.

INTRODUÇÃO

Estudaremos nesta lição:

  •  Jesus a referência de todo mestre na casa de Deus, ele é o nosso mestre por excelência.
  •  A igreja Primitiva fundada na doutrina dos apóstolos, segundo o mandamento do Senhor Jesus, o seu ensino  e suas prerrogativas como coluna e firmeza da verdade.
  •  O dom ministerial de mestre ou doutor sua importância e relevância para a igreja da atualidade.
I – Jesus, O Mestre por excelência.

1. O mestre da Galileia.
  • Jesus, o Mestre incomparável, o Doutor por excelência, que ia ao encontro das necessidades de seus alunos (Mt 4. 23-25);
  • Ensinava com autoridade diferentemente dos “mestres” de sua época, os escribas e fariseus (Mt 7. 28, 29);
  • A verdade emanava da pessoa de Jesus, o seu ensino impactava os seus aluno e ouvintes e incomodava as autoridades políticas e religiosas de seus dias (Jo 14. 6; 6. 65-69; 7. 42-53).
2. O mestre divino.
  • Nicodemos, mestre fariseu, reconhece a Cristo como mestre vindo da parte de Deus (Jo 3. 1-2);
  • O seus discípulos assim o reconhecia e assim o tratavam (Lc 8. 24; Jo 13. 13) por cerca de 45 vezes Jesus é chamado de mestre no texto do NT;
  • O próprio Cristo se apresentava como sendo Mestre (Mt 23. 8 – 10).
3. O mestre da humildade.
  • Jesus ensinava na teoria (doutrina), e também na prática, isto é vivenciava o que ensinava.
  • Para dar exemplos: lavou os pés aos discípulos, comia com os pecadores, dialogava com as prostitutas, pagava os impostos e respeitava as autoridades; valorizava crianças, necessitados, órfãos e viúvas (Jo 13. 13-15).
  • Humilhou-se até a morte e morte de cruz, para salvar seus alunos, isto é seus discípulos (Fl 2. 8).
II – O ensino das Escrituras na Igreja do Primeiro Século.

  1. Uma ordem de Jesus.
  • Antes de retornar para o Pai, Jesus ordenou: “ide, ensinai a todas as nações, [...] ensinando-as a guardar todas as coisas (Mt 28. 19, 20);
  • Já no discurso de Pedro após o pentecoste vemos a obediência em parte desta ordem.
  • Tendo em vista a edificação da Igreja de Cristo, o Mestre através do Espírito Santo dotou alguns de seus servos com o dom de mestre ou doutor (Ef 4. 11).
  • Capacitação sobrenatural do Espírito Santo, não implica em relaxamento ou descuido com a formação intelectual e teológica (Rm 12. 6, 7).
2. A Doutrina dos Apóstolos.
  • Os primeiros novos convertidos eram doutrinados, eles aprendiam o ensinado e praticavam tais preceitos (At 2. 42);
  • A “doutrina dos apóstolos” era o conjunto dos ensinos de Cristo ministrado com autoridade pelos apóstolos.
  • Ensino eficaz e persistente, conforme o ide, com o objetivo de promover o crescimento integral dos novos crentes.
3. Ensinamento persistente
  • Os primeiros mestres das escrituras foram os apóstolos (At 5. 20, 21, 25, 41, 42);
  • Primeiro discipulado, tarefa do evangelista, é o “Ide e fazei discípulos batizando-os...”;
  • Segundo discipulado, tarefa do mestre, é o “ensinando-lhes a guardar tudo” missão continua e persistente.
  • Deus levantou doutores na igreja de Antioquia para expandir a sua obra (At 11. 25-26; 13. 1-3)
III – A Importância do Dom Ministerial de Mestre.

1. Uma necessidade urgente da igreja.
  • Necessitamos de Mestres com ensino eficaz e profundidade na palavra de Deus, para tirar os crentes da superficialidade bíblica e infantilidade espiritual (Ef 4. 11-16);
  • Para barrar o aumento do engano promovido pela astucia dos falsos mestres (II Pe 2. 1)
  • Este dom produz amadurecimento a todas as atividades da vida cristã, além de combater os falsos ensinos (Os 4. 6; Ef 4. 14)
2. A responsabilidade de um discipulado contínuo.
  • O discipulado não termina quando o novo convertido é batizado em aguas;
  • O Senhor Jesus chamou-nos para serem seus discípulos por toda vida (Mt 28. 19, 20).
  • A vida cristã é um aprendizado diário, permanente e contínuo, tanto para quem é discipulado quando para quem está discipulado!
3 Requisitos necessários ao mestre.
  • Ser um salvo em Cristo: se não tem certeza da própria salvação como ensina-la a outros (2 Tm 2. 10-13);
  • Ter o habito de ler: Habito levado a serio no ministério de Paulo (I Tm 4. 13; II Tm 4. 13);
  • Buscar o preparo intelectual: O mestre necessita conhecer e compreender o mundo bíblico (suas questões culturais, linguísticas, exegéticas e etc.) (Rm 12. 6, 7);
  • Possuir um coração em chamas: O vocacionado por Deus para o ensino necessita de uma paixão pelas almas, por vê-las firmadas em Cristo e dando frutos para o Reino de Deus (At 3. 12-26) .

Conclusão:

É uma inverdade afirmar que o preparo intelectual promove a frigidez espiritual na vida do estudante. É necessário é ser cheio do poder do Espírito Santo para ensinar com autoridade a palavra de Deus e buscar com todo esmero a preparação intelectual para com eficiência edificar a Igreja de Cristo, como bem exortou o apóstolo Paulo (Rm 12. 6-7).